(Esta vai para os fervorosos contestatários do acordo ortográfico de 1992…)
“Sois alma e vida minha
Pingo Doce do meu curação
Sois a minha loja preferida
Onde compro tudo
Com satisfação”
Cada saco custa 50 cêntimos, e tem a grande vantagem de ser reutilizável (logo, ‘ecológico’ / ‘verde’ / ‘amigo do ambiente’ / ‘etc’…)
Mas será amigo da língua portuguesa?
.
Certamente bizarro, mas verídico! (foto de 18 de março de 2013 em Portimão)
.
Como? …perguntam-me porque é que dediquei esta publicação aos ‘fervorosos contestatários do acordo ortográfico de 1992’? – Um destes dias escreverei a explicar a minha opinião!)
.
*** ADENDA ***
Através do Facebook, recebi as seguintes mensagens da Natália Nunes e da Mee Cloud:
- “É a imitar os bordados antigos do Minho, chama-se os lenços dos namorados, e eram feitos pelas as raparigas para oferecem aos namorados e muitas não tinham grande instrução, por isso terem muitos erros ortográficos,era tradição.“
- “Eu tenho um saco destes, e acho adorável. Os lenços dos namorados tinham erros, os mais antigos eram bordados em português antigo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lenços_de_namorados e http://novaterra.files.wordpress.com/2008/03/lencos-de-amor-do-minho.jpeg“
Pode-se dizer que já aprendi um pouco mais sobre a nossa cultura… 😉
“curação” é cultura, património linguistico, constante no típico lenço de namorados do Norte de Portugal e deixo aqui uns exemplos:

http://www.aceav.pt/blogs/mcsvicente/Lists/Fotografias/len%C3%A7os/lenco.bmp
“curação” é cultura, património linguistico, constante no típico lenço de namorados do Norte de Portugal e deixo aqui uns exemplos:

http://www.aceav.pt/blogs/mcsvicente/Lists/Fotografias/len%C3%A7os/lenco.bmp
Obrigado Mara. Com efeito, já no Facebook me haviam indicado que o saco do Pingo Doce era baseado numa antiga tradição do norte de Portugal…
Acho que o ‘inculto’ aqui era eu, até saber disso, eheh… 😉
E eu ca fora pensando que so nos, imigrantes, cometiamos tais erros …upppss! :o(
Paula, parece que o efeito que causa este tipo de ‘distorção’ (vou chamar-lhe assim) é semelhante ao que leva aos emigrantes a seguirem caminhos parecidos, ou seja: o isolamento!
O isolamento faz com que passemos a escrever tal como falamos, quando a “raíz educativa” já se desvinculou do ensino há algum tempo. O sentido está todo lá, só se desvirtua a componente académica / cientifico-social da coisa…
A meu ver, é simplesmente natural do ser humano! 😉
É uma falta de respeito para com a língua portuguesa que tão mal tratada anda …