Viagens e Paisagens

Vale por mil palavras – Google Streetview chega a Portimão

vitormadeira.com - 2013-03-07 Google Streetview chega a Portimão
Notícia acabadinha de sair!

Para quem não sabe, o ‘Streetview‘ (que, traduzindo para português significa literalmente “vista de rua”) é uma das funcionalidades dos mapas na internet da Google (Google Maps) e que nos permite visualizar as ruas das cidades como se estivéssemos a conduzir um veículo pelas suas ruas.

Para conseguir este feito, a Google coloca centenas de automóveis (em Portugal, com o apoio da Opel/General Motors) a fotografar cada uma das ruas das nossas cidades, numa tarefa hercúlea, possibilitando-nos, por exemplo, preparar uma viagem a um local distante sem que tenhamos que sair do conforto da nossa secretária, em frente ao computador.

Ora, há cerca de 2 anos que já tínhamos Lisboa, Porto e mais algumas cidades, mas o resto do país, embora já tivesse sido fotografado, estava ainda pendente da resolução do problema da privacidade, uma vez que diversas pessoas apresentaram queixa à Comissão Nacional de Protecção de Dados, mostrando o seu descontentamento perante as suas fotografias que passavam a estar disponíveis de forma pública na internet sem a sua autorização.

Agora, o Streetview chega a quase todo o país (incluindo o nosso Algarve e Portimão em particular) e, para que isto fosse possível, a Google teve que criar uma forma de desfocar todas as faces das pessoas fotografadas (o que, para muitos ainda não é ainda uma garantia de solucionar o problema)  mas aparentemente, terá sido suficiente para a Comissão Nacional de Protecção de Dados autorizar a publicação.

Assim, e por exemplo, para Portimão, temos agora a possibilidade de fazer uma breve viagem no tempo e voltar atrás para verificar como andavam as coisas por cá há cerca de 2 anos atrás (será fácil detectarem a idade das fotos ao passarem, por exemplo, na zona do Centro Comercial Aqua – vejam aqui).

Os mais cuscos, poderão também dedicar-se a procurar cenas insólitas como a que alguém já encontrou no distrito de Viseu, perto de Castro D’Aire, onde… (enfim, deixo para quem for mais curioso a decisão de seguir para aqui)

E vocês, já passaram pelo Google Streetview para tentar encontrar alguma situação mais caricata?

Ou já conseguiram encontrar os vossos amigos ou familiares (ou quem sabe, vós próprios) nas fotografias de rua tiradas pelos carros da Google?)

Categories: Algarve, Boas vindas, Curiosidades, Demasiado tempo livre a mais, Portimão, Tecnologia, Vale por mil palavras, Viagens e Paisagens | Etiquetas: , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

Live to ride, ride to live

Night moto rider (by toooomelo)

Não existe uma tradução literal na língua portuguesa que consiga passar perfeitamente a máxima tornada universal pelos norte-americanos e que designa a paixão que é andar de mota. Contudo, atrevo-me a sugerir um aportuguesado “Vivo para andar de mota, ando de mota para viver” (e sim, convenhamos que não é tão musical como o original…)

A paixão das motas é algo que dificilmente se explica por palavras, mas quem sabe o que é sentir na própria face a força do vento a contrariar a potência dos “cavalos” que movem um motor de quatro tempos de uma qualquer mota digna deste nome, ou a força que os braços necessitam de fazer para tomar o controlo quando a velocidade por vezes, de forma como que involuntária, pede para ultrapassar os limites legais, ou até o jogo de cintura exigível para fazer rotundas ou curvar em piso molhado, ou quem sabe, apenas sentir os diversos aromas campestres no decurso de um ou outro passeio mais ou menos longínquo, sabe do que falo.

Ainda me recordo dos primeiros tempos em que, movido pela paixão adolescente de “andar de mota” e ao mesmo tempo de “tentar impressionar as moças”, resolvi adquirir uma mota para deleite da paixão que corria pelas veias.

E nem foi necessário procurar muito… Se não me falha a memória, estaríamos em 1996 ou 1997, quando uma Yamaha Virago XV 535 vinda de outras “corridas” aparece como que uma perfeita ocasião caída sabe-se lá bem de onde, já com todas as modificações que um motard poderia exigir…

Ele era o escape quase praticamente livre, depósito e laterais pintadas com motivos condizentes com o sentido nómada que norteia o estilo de vida motard (o índio guerreiro, o lobo “solitário” e o casalinho de noivos indios apaixonados a presidir ao enquadramento artístico no topo do depósito de gasolina…) Um guiador com mais de 40 cm de altura, e um aumento generoso no garfo de direcção com apliques adicionais ao farolim, finalizados com um par de pedais para apoio dos pés em viagens mais longas, tal qual uma espécie de “Harley Davidson para pobres”, fizeram os olhos de um jovem algarvio brilhar, tais eram os sonhos com as possíveis “voltinhas” que daí em diante se tornariam uma realidade.

Foi “batizada” de Sasha, e, embora tenha sido um deleite nesses idos tempos de juventude, hoje a idade faz-me olhar de forma mais amadurecida para uma paixão que, embora aliciante, requer as devidas precauções. Creio até mesmo que, em breve, alguém virá a ser um feliz terceiro dono da Sasha, para, algures por este Algarve fora (ou quem sabe, mais além) dar asas à sua paixão de levar com o vento na cara…

Conduzir uma mota, principalmente numa região tão generosa em dias solarengos como é o Algarve,  é sem dúvida alguma um prazer que tive o privilégio de experimentar em primeira mão, e que, daria pano para mangas se mais um ou dois companheiros que apreciem a mesma paixão se juntassem em redor de uma bela bebida geladinha numa qualquer esplanada, quem sabe, à beira da falésia da Praia da Rocha?

Categories: Algarve, Curiosidades, Demasiado tempo livre a mais, Pensamentos e Filosofias, Viagens e Paisagens | Etiquetas: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | 1 Comentário

23 de Setembro, dia de Equinócio – Chegou o Outono

Caldas de Monchique - cascata com musgo

Na astronomia (por favor, não confundir com essa aberração a que dão o nome de astrologia), equinócio é definido como o instante em que o Sol, na sua órbita aparente, (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste. Ou seja, é o ponto no qual a eclíptica cruza o equador celeste.

A palavra equinócio vem do Latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa “noites iguais”, ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte, e o pôr do Sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar está metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração.

Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro quando definem mudanças de estação. Em março, o equinócio marca o início da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul.

Em setembro ocorre o inverso, quando o equinócio marca o início do outono no hemisfério norte e da primavera  no hemisfério sul.

Ribeira perto de Monchique

Categories: Algarve, Boas vindas, Curiosidades, Pensamentos e Filosofias, Viagens e Paisagens | Etiquetas: , | Deixe um comentário

HAMAD tem demasiado dinheiro a mais (sim, DEMASIADO dinheiro a mais…!)

Hamad é um xeque excêntrico, (ou será melhor dizer antes egocêntrico?) que provavelmente tem mesmo dinheiro a mais… Acreditam que o homem mandou escrever o seu próprio nome (HAMAD) nas areias do deserto numa das suas ilhas nos Emirados Árabes Unidos?

A altura de cada uma das letras é de um quilómetro (1.000 metros!). Neste momento, a letra H, o primeiro A e parte do M já estão ligadas ao mar circundante, prevendo provavelmente uma espécie de canais que virão a dar origem a alguma espécie de urbanização futura…

Embora as letras não estejam alinhadas com as coordenadas cardinais ocidentais (Norte/Sul), a intenção será claramente permitir a leitura a partir do espaço. Contudo, o xeque já é uma autêntica estrela no Google Maps.

Consultem no Google Maps aqui.

Categories: Bizarro mas verídico!, Curiosidades, Demasiado tempo livre a mais, Momento de Basbaque, Viagens e Paisagens | Etiquetas: , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

Em terras de Sua Majestade: A muralha de Adriano

Esta era uma visita que não poderia deixar de fazer, uma vez estou na região de Newcastle.

Trata-se de um dos principais monumentos deixados pelos Romanos no seu imenso império ‘além-fronteiras’, e é relativamente pouco falado nos dias de hoje. Refiro-me à muralha de Adriano.

Quando se ouve falar em muro (ou muralha) rapidamente nos recordamos da grande muralha da China, uma obra de engenharia milenar construída pelos Chineses certamente impressionante…

Contudo, aqui “bem perto de nós”, (na actual União Europeia) temos uma obra que, como já disse acima, é relativamente pouco falada, mas que impressiona também ela pela sua grandiosidade, sabendo que foi construída há cerca de 1900 anos atrás.

No século II o Império Romano encontrava-se em expansão militar, porém, o imperador Adriano.chegou à óbvia conclusão de que a manutenção da expansão em todas as direcções do Império era inviável, pelo que decidiu, com base na enorme ameaça continuamente existente naquela fronteira, que seria necessário manter o que já havia sido conquistado.

Determinou assim iniciar a construção de uma muralha, ou seja, uma estrutura defensiva com a função de prevenir as constantes tentativas militares por parte das tribos que habitavam a Escócia – os Pictos e os Escotos (denominados de Caledónios pelos romanos)

Com cerca de 118 quilómetros de comprimento ligando o actual Mar do Norte (na foz do rio Tyne / Newcastle) até ao Mar da Irlanda (zona oeste da Cúmbria), com três metros de largura e seis de altura, foi construído durante 6 anos pelos próprios soldados romanos de serviço na região que utilizaram como materiais de construção vários milhões de toneladas de pedra, terra e madeira retirados ao longo dos terrenos circundantes à obra.

Para podermos ter uma melhor ideia da extensão do muro, poderíamos comparar com a extensão da fronteira entre o nosso Algarve e o Alentejo mais ou menos entre Odeceixe e Alcoutim.

Ainda hoje, a muralha contém a maior parte dos monumentos romanos deixados na Grã Bretanha em melhor estado de conservação, pelo que, toda a zona é uma área de grande atracção turística, podendo-se encontrar ao longo dos 118 km de extensão diversos fortes, castelos e atalaias, que chegaram a movimentar então mais de 18.000 soldados.

Fora de série!

Categories: Curiosidades, História e Acontecimentos, Momento de Basbaque, Viagens e Paisagens | Etiquetas: , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

Uma breve visita a terras de Sua Majestade – Newcastle

De visita às terras de Sua Majestade, visitando a cidade de Newcastle.

No passado dia 22 de Julho falei-vos da Cristina que vai correr os 21 quilómetros da meia maratona mais famosa do mundo (Great North Run) que terá lugar por cá no próximo mês de Setembro.

Tirando a marcada diferença de temperatura e os escassos dias de pleno sol, a paisagem urbana (principalmente as zonas ribeirinhas junto ao rio Tyne) bem como as planícies fora do perímetro urbano, são um bom motivo para justificar uma breve escapadinha! Com voos regulares de baixo custo da EasyJet entre Faro e Newcastle, em três horas, torna-se relativamente simples fazer a viagem.

Um pouco de história de Newcastle

Newcastle upon Tyne é uma cidade bastante antiga situada na zona nordeste de Inglaterra (já quase perto da Escócia!) situada na margem esquerda do rio Tyne. Com registos mais significativos de presença humana que datam do século II aquando da ocupação romana que aqui fundou o castro Pons Aelius (Ponte de Adriano) para apoiar a construção da muralha de Adriano.

Em 1080, perante a urgente necessidade de defesa mais eficiente contra as investidas inimigas, o duque da Normandia manda construir um castelo novo (new castle) feito principalmente de madeira sobre um monte de terra e pedra (Castelo motte and bailey) no lugar do antigo castro romano dando assim o nome definitivo à localidade.

Na idade média, era o principal centro militar do norte da Inglaterra, garantindo a defesa da fronteira com a Escócia. Mais ou menos durante a época dos descobrimentos portugueses, a cidade ganha importância como porto comercial vindo a tornar-se no único centro portuário autorizado para exportação de carvão no norte da Inglaterra.

 

Arquitectura e monumentos

A nível arquitectónico, gostaria de destacar a zona ribeirinha, com a presença imponente das pontes sobre o rio Tyne bem como para o centro histórico com as casas tipicamente georgianas e vitorianas (ou no estilo designado também como Tyneside Classical).


A estação de comboios (Newcastle Central Station) – à direita, inaugurada em 1850 pela rainha Victoria foi a primeira estação de comboios totalmente coberta no mundo inteiro.

 

O castelo Castle Keep, mandado construir por Henrique II de Inglaterra entre 1172 e 1177.

 

O Sage, centro de educação musical, artes e cultura (cujo nome vem da empresa de software Sage que pagou uma nota preta para que o edifício ficasse com este nome). Embora não esteja localizado na cidade de Newcastle (está na cidade de Gateshead, precisamente do outro lado do rio Tyne) faz parte da paisagem que se pode vislumbrar a partir de Newcastle.

 

Curiosidades sobre Newcastle:

  • Desde 1981 que a meia maratona mais famosa do mundo parte anualmente de Newcastle, atravessando o rio Tyne e terminando 21 quilómetros depois, perto da foz do rio, em South Shields ao largo do mar do Norte.
  • Os portugueses sempre tiveram uma presença surpreendente na meia maratona de New Castle. Em 1983, Carlos Lopes venceu a corrida masculina. Em 1985 e depois em 1990, Rosa Mota venceu a corrida feminina. Recentemente, em 2009, e também na corrida feminina, Jéssica Augusto chegou em primeiro lugar e no ano passado (2010) em segundo, terceiro e quarto lugares ficaram respectivamente três portuguesas: Dulce Félix Marisa Barros e Sara Moreira.
  • Eça de Queirós viveu cá como diplomata entre finais de 1874 até Abril de 1879 (precisamente durante o seu período mais produtivo a nível literário)
  • A primeira demonstração pública da utilização de uma lâmpada incandescente teve lugar a 3 de Fevereiro de 1879, promovida pelo inventor Joseph Swan num anfiteatro local, tornando assim esta a primeira cidade do mundo a dispôr de um edifício público com luz eléctrica. (Pergunto-me a mim próprio se o Eça de Queirós terá assistido à apresentação?)
  • Newcastle é a sede internacional da Sage (empresa de software de gestão). Como informático de profissão, vejo-me obrigado a trabalhar com alguma frequência com os programas da Sage, pelo que, é curioso estar na cidade de onde surgiu este software.
  • A diferença de horas entre o dia e a noite é muito marcada no verão e no inverno. Por exemplo, no último solstício de verão, o Sol nasceu às 04h34 (!) e ‘pôs-se’ às 21h24. Já no próximo solstício de inverno, o Sol irá aparecer pelas 10h00 e irá dizer ‘adeus’ logo pelas 16h05. Portanto, o maior dia do ano dura quase 17 horas (!) e o dia mais curto dura apenas 6 horas… =/
  • Newcastle é cidade natal de Sting (ex-Police) e de Brian Johnson (vocalista dos AC/DC desde 1980).


Categories: Curiosidades, Viagens e Paisagens | Etiquetas: , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

Site no WordPress.com.

%d bloggers gostam disto: