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DIA DE MENTIRAS? Mas então também se celebra o engano…?

Peço imensa desculpa, mas sou latino. Por aqui, o sangue corre quente pela veia, e, como moce marafade que sou é inevitável entrar em contramaré pela barra adentro. ‘Deslarguem-me’ da mão com a treta das mentiras!

Perdoem-me estar no contra, mas não celebro o “dia das mentiras”. O engano é para mim coisa chata, e como português, sendo enganado todos os santinhos dias por aqueles que deveriam ser responsáveis por dirigir a nação no caminho do bem comum e do progresso de todos, custa-me dar-lhes motivos para continuarem.

Assim, e para que os leitores deste singelo blogue não me chamem nada mais do que moce marafade, deixo-vos dois motivos completamente válidos para celebrar o dia de hoje de forma diferente e bem mais positiva:

  • Os prémios Unicórnio Voador 2014 acabam de ser anunciados pela Comunidade Céptica Portuguesa. Vale bem a pena dar força a quem tem como missão desmascarar os trafulhas da atualidade.
  • Músicos com garra são sempre bem vindos. Hoje destaco o brilhante Scott Bradlee e a sua mais recente interpretação de uma música mais ou menos conhecida. Apreciem a forma como uma música que na sua versão original não passa muito para além de uma ode à treta, mas que assim, sim, dá gosto! Aqui há ‘verdade’.
    (E se as minhas palavras não vos convencem, prestem atenção ao trabalho de baixo a 4 mãos a partir dos 2m:28s do vídeo)

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Pensamento para a semana 42 de 2012

Pensamento para esta semana:

Quando perceberes que, para poderes produzir tens que obter autorização dos que não produzem nada;

Quando reparares o dinheiro a fluir para quem negoceia não com bens, mas com favores;

Quando reparares que os homens ficam ricos pelo suborno e por influência, e não pelo próprio trabalho, e que as leis não te protegem deles, antes os protegem a eles de ti;

Quando observares a corrupção a ser recompensada e a honestidade a converter-se em auto-sacrifício;

Então poderás constatar que a tua sociedade está condenada“.

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Ayn Rand – escritora e filosofa de origem russa (1905-1982)

Nota: texto original publicado de 1920.

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Bizarro mas verídico – Um facto curioso sobre a antiga ditadura portuguesa de Salazar

O ditador António de Oliveira Salazar comparável a uma maçã podre na capa da revista TIME (22 Jul 1946 - EUA)

O ditador Salazar comparável a uma maçã podre – Revista Time de Julho de 1946 (EUA)

Neste blog não pretendo manifestar intenções políticas (até porque não tenho qualquer tipo de vínculo com qualquer partido político seja ele qual for) mas como cidadão de uma república democrática que sou, exerço o meu direito de livre expressão das minhas opiniões pessoais neste meu pequeno cantinho da internet.

O que hoje pretendo compartilhar é algo que creio que todos os cidadãos deste país deveriam tomar conhecimento. É um pouco de história de Portugal, embora seja uma das partes da história do nosso país menos conhecida (e de certa forma menos apetecível de conhecer…)

Durante mais de 40 anos Portugal viveu debaixo de uma ditadura dirigida por António de Oliveira Salazar. Muitas ainda hoje são as vozes dos que sentiram na pele horrores das imposições que o regime político de então exercia sobre o povo, e creio que a memória do país nunca poderá esquecer este aspecto.

Contudo, e não pretendendo minimamente ser o defensor do demónio, creio ser importante olhar de forma diferente para alguns aspectos que o regime considerava importantes para a difícil tarefa que é dirigir um país pequeno e pobre como era então (e por incrível que possa parecer – ainda o é hoje!) Portugal:

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(parte da) Constituição do Estado Novo (11 de Abril de 1933*)

Artigo 114

“São crimes de responsabilidade os actos dos ministros e sub-secretários de Estado e dos agentes do Governo que atentarem:

  1. Contra a existência política da Nação;
  2. Contra a Constituição e o regime político estabelecido;
  3. Contra o livre exercício dos direitos políticos e individuais;
  4. Contra a segurança interna do País;
  5. Contra a probidade da administração;
  6. Contra a guarda e emprego constitucional dos dinheiros públicos;
  7. Contra as leis da contabilidade pública.

Ponto Único: A condenação por qualquer destes crimes envolve a perda do cargo e a incapacidade para exercer funções públicas.”

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Após o golpe de estado de 25 de Abril de 1974, o artigo seria apagado da nova Constituição (em 1976) surgindo apenas – 11 anos depois – a lei n.º 37 de 1987, designada como Lei de “Crimes de Responsabilidade dos Titulares de Cargos Políticos“. Contudo, esta mesma lei não permite a punição da gestão danosa, da infidelidade na condução dos negócios públicos nem os gastos que podem conduzir à insolvência negligente do Estado. A única punição realmente “visível” que se conhece para os titulares (e ex-titulares) de cargos políticos, no que respeita aos crimes acima citados é… A perca de eleições!

Seria por isso, impossível, acontecer em Portugal o que actualmente se passa na Islândia. (julgar um ex-primeiro-ministro por ter arruinado o país, por exemplo) Mas deveríamos nós (povo de um país democrático) exigir semelhante artigo de volta na actual constituição em vigor?

Que se desenganem os ávidos leitores deste blog que eventualmente possam confundir este pequeno artigo com uma hipotética defesa (fosse de que forma fosse) da antiga ditadura de Salazar! Não o estou a fazer! Ainda creio que a Democracia, embora ela própria também cheia de defeitos e vicissitudes, ainda é o melhor regime político de que se tem conhecimento que nos permita exercer a o direito à livre expressão – de forma realmente livre. O que pretendo é recordar um pouco da história de algo que se julgava 100% mau, mas que, na verdade, pode ter reais lições para a actualidade (e um pouco mais além!)

E para ti que és pai ou que és responsável pela educação de menores, usa este pequeno ensaio para conseguires revelar de forma mais vincada a verdadeira razão do imperativo de que é ter de se estudar história. A memória popular é muito volátil, e é sabido que, a muitos sabe-lhes bem essa volatilidade, conforme os seus interesses, pelo que não será difícil concluir que os erros do passado cujos factos estão esquecidos, poderão ser actualmente repetidos com grande dano para todos nós…

Não deixemos que interesses escalavrosos alheios atentem contra direitos que nos assistem a nós e aos nossos.

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Notas:

  • A constituição do Estado Novo (Constituição Política da República Portuguesa) entrou em vigor a 11 de Abril de 1933 tendo sido publicada no Diário do Governo a 22 de Fevereiro do mesmo ano (consultar online). Foi substituída pela actual Constituição da República Portuguesa que entrou em vigor a 25 de Abril de 1976.
  • A fotografia de Salazar na revista TIME é verídica e foi publicada 22 de Julho de 1946, tendo sido proibida a sua distribuição em Portugal pelos serviços de censura do regime de então.
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Portugal na falência: Como funcionam as cadeias de Grande Distribuição (hipermercados)

Encontrei um debate no Facebook que me deixou curioso… Pedi autorização ao autor da primeira mensagem, e estou a copiar na integra o seu texto:

Como funcionam as cadeias de Grande Distribuição

1. Exigem aos fornecedores contratos de fornecimento na base de 40.000 euros

2. Exigem aos fornecedores que lhes paguem o espaço que os artigos ocupam em lugares de destaque.

3. Exigem aos fornecedores repositoras e demonstradoras para venderem os artigos, pagos pelos fornecedores.

4. Exigem aos fornecedores que lhes paguem os folhetos

5. Exigem aos fornecedores que lhes paguem o espaço de eventuais expositores que queiram colocar nas lojas.

6. Colocam á venda os produtos muito abaixo do custo estrangulando a margem dos produtores e fornecedores.

7. Beneficiam de descontos de campanha.

8. Beneficiam de protecção de stock.

9. Têm Benefícios Ficais na Missão Sorriso.

10. Beneficiam com os Bancos Alimentares contra a Fome.

11. Beneficiam de apoio das autarquias em troca de mais valias.

Não é por mero acaso que o Algarve é a zona do país onde aumentou mais o desemprego, nem é por mero acaso que a agricultura e pescas estão em insolvência, é completamente impossível a qualquer PME ou ME trabalhar sem regulação de mercado.

Nota: Texto da autoria de Rui Manuel Branco

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Pensamento para a semana 39 de 2011

Pensamento para a semana:

“Deus é quem alimenta todos os homens, e os Estados são quem os reduz à fome”

(Walter Benjamin)

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Portugal na falência: Alberto João Jardim reconhece que fez ‘falcatrua’ na ilha da Madeira

Há coisas que me deixam fora do sério… Vou usar-me do meu direito à indignação para deitar cá para fora o que sinto sobre algo que considero ser grave… Ou melhor: muito grave!

Prestem bem atenção ao que é dito a partir dos 32 segundos do seguinte vídeo:

Primeiro, o jornalista que assina a peça diz: “Depois de garantir que não havia dívida oculta, Jardim reconheceu que não foi totalmente transparente com o estado para não ser prejudicado pelo governo socialista.

Logo a seguir, a partir dos 40 segundos do vídeo, ouve-se (e vê-se) claramente Alberto João Jardim a dizer:

O Sócrates, o Teixeira dos Santos e o seu deputado Maximiano que fez esta pouca vergonha toda à Madeira, tinham uma lei em que o governo da república podia aplicar sanções sobre o governo regional, se o governo regional continuasse com obras a fazer dívida porque eles não nos queriam dar o dinheiro e não nos autorizavam a fazer dívida.

E foi por isso, que não era aconselhável [dizer que havia dívida], porque eles ainda nos tiravam mais dinheiro se andássemos a mostrar o jogo todo ao governo socialista que não era sério e nós estávamos em estado de necessidade e por isso agimos em legítima defesa.

Pegando nisto tudo, permitam-me colocar estas questões:

  • Pretendem os portugueses dar uma imagem de seriedade “lá para fora”?
  • Estamos mesmo no século 21?
  • Se as regras do jogo são assim, porque não temos nós algarvios direito a uma regionalização que nos permita fazer o mesmo tipo de trapaças que se passam naquela ilha? (sim, direitos iguais!)
  • Ainda existem dúvidas de que nós portugueses, somos um povo ingovernável por portugueses? (ou seja, a cada 30 anos, só à lei da troika e com muito sofrimento por parte dos pagadores de impostos é que isto “lá vai”?)

Sou e gosto de ser português, mas estas coisas levam-me a questionar seriamente o sentido patriótico que ainda tente residir dentro de mim…

Contudo, reconheço que é coisa rara em Portugal ver um político a admitir de forma pública que errou!

 

Por último: Senhores críticos e comentadores políticos: será assim tão difícil verificar porque é que o povo está de costas viradas para os partidos políticos…? Será assim tão difícil explicar os movimentos do tipo “Verdadeira Democracia” que alastram quer na península Ibérica, quer pela Europa fora?

Para quem só agora sintonizou este canal

O que se passa e que me leva a ficar indignado com esta situação que descrevo acima é o facto do meu país estar literalmente com a corda na garganta, e este tipo de notícias vir a público…

Alberto João jardim é um político português que exerce o cargo de presidente do governo da região autónoma da Madeira.

Em 2006, o então primeiro-ministro português José Sócrates anunciara a necessidade de fazer aprovar uma lei que proibisse o endividamento excessivo naquela ilha, depois do endividamento em cerca de 150 milhões de euros detectado na Madeira pelo Ministério das Finanças.

José Sócrates então afirmou: “é altura de dizer basta” e fez lembrar que o governo regional havia sido avisado, já por duas vezes, pelo Ministério das Finanças, e que não estava autorizado a contrair o empréstimo de 150 milhões de euros que reivindicava pelo facto disso agravar a política de controlo das finanças públicas de todo o país.

E para perceber porque é que só agora se vê tanta água a correr pelo regato:

Presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, ficou “surpreendido” com as dívidas ocultas da Madeira, que o Banco de Portugal e o Instituto Nacional de Estatística não conheciam. Dívidas escondidas atingem 571 milhões de euros, sendo que há ainda 290 milhões em débito, relativos a juros de mora.

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Pensamento para a semana 36 de 2011

Pensamento para a semana:

“Quem tudo quer, tudo perde… (ditado popular)

Este ditado é geralmente utilizado como um aviso popular aos que, perante uma qualquer espécie de “tentação irresistível”, se esquecem dos limites a que nos devemos propor a nós próprios para atingir os nossos objectivos.

Acho que se aplica bem à época política e social em que vivemos actualmente em Portugal, uma vez que, se como nação, no passado já nos foi possível ter praticamente quase tudo, actualmente estamos em vias de nos restar precisamente quase nada… (vão-se os dedos e os anéis…)

(E como corolário, assim diz o locutor de rádio: “já agora, vale a pena pensar nisto!“)

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Um político em apuros: ex-candidato Manuel Alegre falido e partidos políticos lavam as mãos…

Alegre falido. PS e BE não pagam prejuízo de milhares de euros das presidenciais

Manuel Alegre tem um prejuízo de centenas de milhares de euros por causa das eleições presidenciais de Janeiro e não vai contar com a ajuda nem do PS nem do Bloco de Esquerda para tapar o buraco.

As contas do candidato vão ficar fechadas hoje, mas o mandatário financeiro da candidatura adiantou ao i que o prejuízo é “elevado”. O valor final, que ainda não foi apurado, vai ficar abaixo do meio milhão avançado pela imprensa logo depois do fim da campanha. “Vamos ter um défice. É um défice elevado, no entanto, posso assegurar que os pagamentos aos fornecedores serão feitos num prazo relativamente curto. Estamos a trabalhar para que até Outubro estejam liquidadas os pagamentos”, disse ao i Carlos Santos, mandatário financeiro da candidatura de Alegre.

O buraco não vai ser tapado pelos dois partidos que apoiaram Alegre. PS e Bloco de Esquerda contribuíram com um valor inicial de meio milhão de euros e não vão dar mais um cêntimo à candidatura. “Não temos mais nada a ver com a campanha presidencial. O PS já deu o seu contributo e acabou”, disse ao i José Lello, membro do secretariado nacional do PS. Também o BE não tem previsto nenhuma verba adicional. E o candidato também não contactou nenhum dos partidos para ter mais apoio. A candidatura está a tentar obter mais verbas através de donativos individuais, de pessoas que assumirão a despesa.

O prejuízo da candidatura deve–se a dois factores: mais despesa e menos receita. Alegre esteve mais tempo em campanha do que Cavaco, o que elevou os gastos, e acabou por receber menos de subvenção estatal do que contava. No entanto, o mandatário financeiro garante que o prejuízo “não é tanto porque a despesa tenha subido muito, mas porque a receita foi abaixo do pensado: tanto a da subvenção como a dos donativos”.

O candidato apoiado pelo PS e pelo Bloco esperava receber um milhão e 350 mil euros de subvenção estatal, correspondente a cerca de 30% dos votos, mas como ficou abaixo desse valor – teve apenas 19,74% dos sufrágios – recebeu menos 514 mil euros do que contava. Também as verbas correspondentes a donativos ficaram aquém das previsões. Alegre esperava receber 50 mil euros de contributos particulares.

Cavaco Também relativamente às últimas presidenciais, Cavaco Silva revelou ter tido uma despesa abaixo do previsto e uma receita de donativos de particulares acima do esperado. O Presidente da República tinha orçamentado gastos de 2,1 milhões de euros, mas no documento que entregou à Entidade das Contas e Financiamento Políticos (ECFP) refere que gastou 1,7 milhões. A maior parte das receitas da candidatura, 83,5%, foram alcançadas através de donativos de particulares, o que significa que 1,5 milhões de euros foram dados a Cavaco por apoiantes individuais. A lista dos nomes ainda não é conhecida e está sob alçada da ECFP.

Com o aumento das receitas de donativos, Cavaco Silva “utilizou apenas 16,2 % da subvenção estatal”, refere a candidatura numa nota enviada à Lusa. Por isso o Presidente devolveu à Assembleia da República os mais de 158 mil euros que não utilizou.

(fonte)

O meu comentário Para que conste que pessoalmente não tenho nem cor nem filiação política, pelo que este assunto é tratado com a devida distância dos interesses inerentes à coisa, mas custa-me ver o que se passa neste país à beira-mar plantado… Mas são certamente sinais dos tempos!

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