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Vale por mil palavras – Praça Manuel Teixeira Gomes em Portimão nos anos 1950s

Praça Manuel Teixeira Gomes - anos 1950s

Praça Manuel Teixeira Gomes – anos 1950s

Hoje proponho uma breve visita ao passado. Trata-se de uma foto com a praça Manuel Teixeira Gomes de antigamente (neste caso, dos anos 1950) com o antigo coreto em destaque.

Este é um dos locais preferidos pelos portimonenses para confraternizar nas quentes noites de verão, saboreando um sorvete (provavelmente comprado no ‘Pavilhão nº 1’ – o mais famosa ‘barraquinha’ de gelados da cidade.)

Até finais do século 19 as águas do rio arade conseguiam cobrir parte desta zona, sendo por isso relativamente difícil imaginar como seriam esses tempos.

Para conseguir esta foto, o ágil fotógrafo teve que subir à grua que até aos meados dos anos 1980s ali existia (recordar que nesta época, o porto de pesca de Portimão era na margem direita do rio), e até é possível ver a sua silhueta na sombra da estrutura projectada na base da foto.

À esquerda, entre o café/pastelaria “Casa Inglesa” (que não aparece na foto) é possível verificar alguns dos táxis estacionados na artéria que então estava aberta e que permitia uma fluidez de trânsito que desde finais dos anos 1970s não se conhece. Embora as realidades fossem bem diferentes, a verdade é que eu próprio sou defensor da ideia de voltar a reabrir esta artéria novamente ao trânsito. Creio que a parte histórica da cidade iria ganhar imenso, mas isso já serão outras histórias…

O edifício dos Correios será certamente fácil de identificar até pelas gerações mais novas, pois permanece praticamente idêntico às suas origens. O mesmo não se pode dizer do edifício da Caixa  Geral de Depósitos (parcialmente visível à esquerda do edifício dos Correios) que foi inteiramente demolido para dar lugar ao que hoje se conhece.

A possibilidade de se conseguir ver, quer a igreja Matriz, quer a paisagem marcante da serra de Monchique ao fundo mostra-nos como era a cidade por alturas do seu primeiro jubileu, basicamente, uma pequena cidade ainda com muitos contornos de uma ex-vila algarvia.

Ainda por falar na Igreja Matriz, esta foto ajuda-nos a imaginar um pouco do que terá sido o horror ocorrido durante o terremoto de 1 de Novembro de 1755 (o mesmo que destruiu grande parte de Lisboa), quando o nível do mar chegou bem perto da igreja através da onda do tsunami produzido pelo sismo com epicentro no mar.

Por último, a presença do (agora) já centenário Quiosque Jardim, marca definitivamente um dos pontos mais históricos da cidade de Portimão.

Que memórias, emoções ou lembranças vos traz esta foto?

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Vale por mil palavras – Google Streetview chega a Portimão

vitormadeira.com - 2013-03-07 Google Streetview chega a Portimão
Notícia acabadinha de sair!

Para quem não sabe, o ‘Streetview‘ (que, traduzindo para português significa literalmente “vista de rua”) é uma das funcionalidades dos mapas na internet da Google (Google Maps) e que nos permite visualizar as ruas das cidades como se estivéssemos a conduzir um veículo pelas suas ruas.

Para conseguir este feito, a Google coloca centenas de automóveis (em Portugal, com o apoio da Opel/General Motors) a fotografar cada uma das ruas das nossas cidades, numa tarefa hercúlea, possibilitando-nos, por exemplo, preparar uma viagem a um local distante sem que tenhamos que sair do conforto da nossa secretária, em frente ao computador.

Ora, há cerca de 2 anos que já tínhamos Lisboa, Porto e mais algumas cidades, mas o resto do país, embora já tivesse sido fotografado, estava ainda pendente da resolução do problema da privacidade, uma vez que diversas pessoas apresentaram queixa à Comissão Nacional de Protecção de Dados, mostrando o seu descontentamento perante as suas fotografias que passavam a estar disponíveis de forma pública na internet sem a sua autorização.

Agora, o Streetview chega a quase todo o país (incluindo o nosso Algarve e Portimão em particular) e, para que isto fosse possível, a Google teve que criar uma forma de desfocar todas as faces das pessoas fotografadas (o que, para muitos ainda não é ainda uma garantia de solucionar o problema)  mas aparentemente, terá sido suficiente para a Comissão Nacional de Protecção de Dados autorizar a publicação.

Assim, e por exemplo, para Portimão, temos agora a possibilidade de fazer uma breve viagem no tempo e voltar atrás para verificar como andavam as coisas por cá há cerca de 2 anos atrás (será fácil detectarem a idade das fotos ao passarem, por exemplo, na zona do Centro Comercial Aqua – vejam aqui).

Os mais cuscos, poderão também dedicar-se a procurar cenas insólitas como a que alguém já encontrou no distrito de Viseu, perto de Castro D’Aire, onde… (enfim, deixo para quem for mais curioso a decisão de seguir para aqui)

E vocês, já passaram pelo Google Streetview para tentar encontrar alguma situação mais caricata?

Ou já conseguiram encontrar os vossos amigos ou familiares (ou quem sabe, vós próprios) nas fotografias de rua tiradas pelos carros da Google?)

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Vale por mil palavras – O Algarve com a amendoeira em flor

vitormadeira.com - 2013-02-04 Um Algarve em vias de extinção (casa algarvia com amendoeira em flor)

Um Algarve em vias de extinção (casa algarvia com amendoeira em flor)

A foto que hoje proponho certamente que diz muito a muitos algarvios, acredito que sim.

Infelizmente, é uma imagem dificilmente reproduzível nos dias de hoje de forma mais ‘natural’ (atualmente quase ninguém usa cal para caiar as suas paredes, por exemplo), mas, para quem uma vez ou outra decida dar um passeio por esse Barrocal fora, ainda é possível encontrar algo semelhante entre finais de dezembro e meados de fevereiro.

Como portimonense com raízes profundamente marcadas pela vida rural da zona de Alcalar e arredores, esta é uma imagem (ainda) bem presente na minha memória, que me traz a recordação dos invernos soalheiros com as amendoeiras em flor nos campos circundantes a fazer lembrar a lenda das amendoeiras em flor.

A título de sugestão, gostaria de deixar um sincero pedido a todas as pessoas com responsabilidades em decidir o ajardinamento das vias públicas (principalmente na minha Portimão, mas também nas outras cidades e vilas algarvias) o porquê de não dar um pouco mais de primazia a árvores como a amendoeira, a alfarrobeira, a palmeira anã, a oliveira, a figueira, etc. como árvores tipicamente relacionadas com o Algarve para efeitos de embelezamento urbano?

Tome-se como exemplo todas as palmeiras que dominam toda a extensão da avenida V3, bem como toda a zona ribeirinha na margem direita do rio Arade em Portimão: o que nos diferencia de tantas outras urbes que se pretendem ‘turísticas’ e que seguiram o mesmo exemplo? Ao colocar-me no lugar de um qualquer estrangeiro que visite a minha terra, rapidamente concluo que, de fora, qualquer um pensará rapidamente que o Algarve copiou uma qualquer urbe ribeirinha tropical, seja ela africana, sul-americana ou até asiática… (o que nos diferencia então?)

Seria ou não muito mais interessante ter um postal algarvio a correr mundo com uma imagem dominada por amendoeiras, alfarrobeiras, figueiras, etc. a dominar a paisagem urbana? Acredito que isso seria uma mais valia para ajudar a combater de certa forma a sazonabilidade que caracteriza o negócio turístico do Algarve. Acredito que quem vem de fora levaria essa imagem na sua memória, criando um genuíno desejo por parte de outros em visitar e conhecer um verdadeiro Algarve mais ligado às suas raízes e tradições…

O que acham?

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Live to ride, ride to live

Night moto rider (by toooomelo)

Não existe uma tradução literal na língua portuguesa que consiga passar perfeitamente a máxima tornada universal pelos norte-americanos e que designa a paixão que é andar de mota. Contudo, atrevo-me a sugerir um aportuguesado “Vivo para andar de mota, ando de mota para viver” (e sim, convenhamos que não é tão musical como o original…)

A paixão das motas é algo que dificilmente se explica por palavras, mas quem sabe o que é sentir na própria face a força do vento a contrariar a potência dos “cavalos” que movem um motor de quatro tempos de uma qualquer mota digna deste nome, ou a força que os braços necessitam de fazer para tomar o controlo quando a velocidade por vezes, de forma como que involuntária, pede para ultrapassar os limites legais, ou até o jogo de cintura exigível para fazer rotundas ou curvar em piso molhado, ou quem sabe, apenas sentir os diversos aromas campestres no decurso de um ou outro passeio mais ou menos longínquo, sabe do que falo.

Ainda me recordo dos primeiros tempos em que, movido pela paixão adolescente de “andar de mota” e ao mesmo tempo de “tentar impressionar as moças”, resolvi adquirir uma mota para deleite da paixão que corria pelas veias.

E nem foi necessário procurar muito… Se não me falha a memória, estaríamos em 1996 ou 1997, quando uma Yamaha Virago XV 535 vinda de outras “corridas” aparece como que uma perfeita ocasião caída sabe-se lá bem de onde, já com todas as modificações que um motard poderia exigir…

Ele era o escape quase praticamente livre, depósito e laterais pintadas com motivos condizentes com o sentido nómada que norteia o estilo de vida motard (o índio guerreiro, o lobo “solitário” e o casalinho de noivos indios apaixonados a presidir ao enquadramento artístico no topo do depósito de gasolina…) Um guiador com mais de 40 cm de altura, e um aumento generoso no garfo de direcção com apliques adicionais ao farolim, finalizados com um par de pedais para apoio dos pés em viagens mais longas, tal qual uma espécie de “Harley Davidson para pobres”, fizeram os olhos de um jovem algarvio brilhar, tais eram os sonhos com as possíveis “voltinhas” que daí em diante se tornariam uma realidade.

Foi “batizada” de Sasha, e, embora tenha sido um deleite nesses idos tempos de juventude, hoje a idade faz-me olhar de forma mais amadurecida para uma paixão que, embora aliciante, requer as devidas precauções. Creio até mesmo que, em breve, alguém virá a ser um feliz terceiro dono da Sasha, para, algures por este Algarve fora (ou quem sabe, mais além) dar asas à sua paixão de levar com o vento na cara…

Conduzir uma mota, principalmente numa região tão generosa em dias solarengos como é o Algarve,  é sem dúvida alguma um prazer que tive o privilégio de experimentar em primeira mão, e que, daria pano para mangas se mais um ou dois companheiros que apreciem a mesma paixão se juntassem em redor de uma bela bebida geladinha numa qualquer esplanada, quem sabe, à beira da falésia da Praia da Rocha?

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Estrada Nacional 125 – Todo o cuidado será pouco!

Esta foto está hoje a ser partilhada através das redes sociais e demonstra os momentos após um brutal acidente ocorrido ontem (9 Jul 2012) no troço da Estrada Nacional 125 entre Portimão e Lagoa (foto tirada nesse sentido de direcção do trânsito), junto a Estombar.

Segundo testemunhos de quem lá passou, estiveram envolvidos no acidente três viaturas (uma carrinha Toyota Hiace, um Volkswagen Passat, e um Renault Clio – sendo esta última a viatura capotada à esquerda na imagem), tendo estado este troço cortado nos 2 sentidos toda a manha de ontem.

Ora, neste blog de impressões pessoais não será minha intenção dar notícia dos vários acidentes que (muito infelizmente) vão ocorrendo um pouco por todo percurso da Estrada Nacional 125, mas quer como natural do Algarve, quer como morador (também no Algarve) ou como condutor (pois, também aqui no Algarve) será de todo impossível não falar pelo menos uma vez que seja acerca deste assunto por aqui…

Sobre este acidente em particular, e porque passo por ali consideráveis vezes, sinto-me no direito de opinar dizendo que este troço já nasceu “coxo”, uma vez que considero que deveria ter sido construído de raiz com 2 faixas de rodagem em cada sentido, sendo que a ponte “nova” sobre o rio Arade (gémea da ponte internacional sobre o rio Guadiana) também deveria ter sido logo preparada para tal.

Haverá algum condutor barlaventino que que não saiba que ali é um dos poucos pontos da EN125 entre Lagoa e Portimão onde por vezes se pode fugir aos 40/50 Km/h com que habitualmente se circula em toda a EN125, aproveitando por isso para efectuar uma ou outra ultrapassagem? (e não, não estou a falar de ‘loucuras ao volante’, pois segundo o código da estrada, ultrapassar não é proibido!)

E será que alguém no seu perfeito juízo poderá aceitar que em quase todo o percurso da EN125 se conduza a médias que oscilam entre os 20 e os 50Km/h? (a EN125 tem cerca de 160 quilómetros de extensão!) Já imaginaram bem o que é fazer pelo menos 40 ou 50 quilómetros a 20 ou a 40 Km/h? Qual o estado de exaustão em que um condutor que diariamente faça estes percursos se encontrará no seu dia a dia?

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Não sei como foi este acidente em particular, mas pela foto só pode ter havido um choque frontal, logo, depreendo que tenha ocorrido após uma ultrapassagem mal pensada / demasiado arriscada (fruto de paciência “torrada” após muito tempo a conduzir a 30/40 Km/h, após quilómetros e quilómetros a fio com o Sol a queimar e a tolerância a estas situações esgotantes completamente esgotada…)

Infelizmente, ainda temos Julho e Agosto pela frente, pelo que, todo o cuidado será mesmo muito pouco…

(mesmo sabendo que, provavelmente muitos outros acidentes mais irão também ocorrer, caso as portagens não sejam suspensas para podermos ter alternativa real a este tão grande flagelo…)

Propostas construtivas:

  • De um ponto de vista RADICAL: Suspender definitivamente as portagens na Via do Infante (“A22”)
  • De um ponto de vista mais racional (tendo em vista a situação de crise que se vive): Considerando que o turismo representa perto de 10% do Produto Interno Bruto do país, seria urgente suspender as portagens na Via do Infante no período compreendido entre a segunda quinzena de Junho e a primeira quinzena de Setembro, pois é o período mais crítico de recepção de veraneantes no Algarve.
  • De um ponto de vista estatístico: Propor às comissões de utentes de estradas do Algarve para que, juntamente do INEM, das várias Associações de Bombeiros do Algarve, bem como da GNR e PSP, compilarem detalhadamente os acidentes que todos os dias vão ocorrendo na EN125. (pode ser que ajude a quem de direito a compreender melhor o que realmente se vive aqui no Algarve com as portagens na Via do Infante activas)
  • De um ponto de vista prático: Sugerir que o troço da EN125 entre Portimão e Lagoa possa ser alargado para 2 faixas de rodagem em cada sentido de forma a poder realmente funcionar como alternativa viável perante o fluxo de trânsito que por ali se verifica.

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Que postal de férias desejamos deixar para os que nos visitam no verão?

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Para ajudar a reflectir, fica um tema invariavelmente ligado à nossa Estrada Nacional 125:

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Péssimas notícias: Anunciado o abandono da ligação marítima entre Portimão e Funchal (Algarve – Madeira)

O armador espanhol Naviera Armas anunciou que vai abandonar a ligação por ferry entre Portimão e a Madeira já a partir do próximo fim de semana, situação que está a ser acompanhada com preocupação no Funchal e no Algarve, apurou o Sul Informação.

Segundo a edição online do Diário de Notícias da Madeira, a Naviera Armas enviou na manhã de ontem uma informação aos seus maiores clientes naquela região autónoma a anunciar o fim das suas operações entre a Madeira e o sul de Portugal.

«Salvo mudanças imprevisíveis de última hora, a Naviera Armas realiza no próximo fim-de-semana a sua última viagem regular Funchal-Portimão-Funchal», revela a nota enviada por correio eletrónico e assinada pelo diretor da linha Javier Garcia, citada pelo DN/M.

Manuel da Luz, presidente da Câmara de Portimão, disse ao Sul Informação que esta autarquia está «a acompanhar com muita preocupação» o caso, já tendo mesmo pedido «informações oficiais» ao armador espanhol.

«Se tivermos informação oficial, apesar de não se tratar de um tema da jurisdição municipal, poderemos fazer um alerta junto do Governo», sublinhou o autarca portimonense.

Manuel da Luz acrescentou que, «se se concretizar, o fim do ferry Portimão-Madeira-Canárias será uma má notícia não só para Portimão, mas para todo o Algarve, dado o sucesso que o navio estava a ter, ao nível do transporte de passageiros, veículos e carga».

Só no ano passado, o ferry da Naviera Armas, na sua ligação semanal regular entre Portimão, a Madeira e as Canárias, transportou mais de 22 mil passageiros, cerca de nove mil veículos ligeiros e 4.500 veículos pesados (carga rodada).

Esta ligação é considerada importante para a viabilização do porto de Portimão, que se tem vindo a afirmar como porto de cruzeiros, e que via na operação da Naviera Armas uma peça fundamental ao nível dos movimentos de passageiros e mercadoria.

Na base da decisão de acabar com a linha de ferry que, desde 2008, liga as duas regiões portuguesas, estão as dificuldades de operação no porto do Funchal, sobretudo depois de terem sido levantados obstáculos de segurança à utilização do novo ferry da empresa das Canárias, o «Volcan de Tinamar», que no verão passado chegou a estar em operação.

Além disso, segundo apurou o Sul Informação, o Porto do Funchal aumentou de forma «muito significativa», em setembro de 2011, as taxas de operação, o que desagrada aos armadores.

A nota enviada aos clientes não revela se este abandono inclui as ligações entre Madeira e Canárias. No entanto, desde 31 de março do ano passado que o armador opera uma ligação regular entre as Canárias e o porto de Huelva, na costa sul meditterânica de Espanha, pelo que se presume que o interesse da ligação Portimão-Madeira-Canárias está posto de parte.

Segundo o Diário de Notícias da Madeira, «os pilotos em serviço no Porto do Funchal elaboraram um relatório em que dão conta das suas preocupações em relação à manobra do novo navio no terminal ferry do Porto do Funchal, considerando não haver condições de segurança».

O novo navio «Volcan de Tinamar», considerado de última geração, tem cerca de 180 metros de comprimento, mais 25 metros que o ferry «Volcán de Tijarafe», que opera nesta linha desde 2008.

O «Volcán de Tinamar», que deveria ter entrado ao serviço em junho do ano passado, permitiria duplicar a capacidade de transporte de carga e de passageiros, passando das atuais 600 para 1200 pessoas por viagem.

Segundo anunciou a companhia em março do ano passado, o reforço de qualidade na ligação entre o Algarve, a Madeira e as Canárias justifica-se pelo acentuado crescimento da procura. Mas o braço de ferro com as autoridades madeirenses pode deitar tudo a perder.

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Na Madeira, redes sociais preparam manifestação e PS pede inquérito

Na Madeira, o caso está a provocar inúmeras reações de desagrado e tornou-se no mais comentado das redes sociais.

O líder parlamentar do PS da Madeira entregou, esta manhã, na Assembleia Legislativa madeirense, um requerimento para constituição de uma comissão de inquérito, para clarificar as razões que levaram à saída definitiva do armador espanhol Armas da operação da Madeira. Os socialistas também querem apurar quais as iniciativas do Governo Regional para evitar este desfecho.

Por outro lado, segundo o DN/M, nas redes sociais, os apelos à indignação coletiva pretendem que, no próximo sábado ou na próxima segunda-feira, haja manifestações de apoio à Naviera Armas.

A entrada da Naviera Armas na operação da Madeira, com a ligação a Portimão, é classificada pelo PS madeirense como uma «pedrada no charco» que terá permitido demonstrar que «com outro modelo de operação portuária e reestruturando a forma como a Região tem conduzido a questão dos transportes marítimos, seria possível tornar este tipo de transporte bastante mais barato».

Uma das questões que está a ser sublinhada pelos madeirenses no Facebook e no Twitter é o facto de a operação do ferry entre a região autónoma e Portugal Continental ter permitido baixar os preços das mercadorias que entram na Madeira.

Por SulInformação

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Sugestões para o fim de semana em Portimão (20, 21 e 22 de Janeiro de 2012)

É já hoje que começa a 8ª edição da Algarve Noivos, a única feira de casamentos a sul do Tejo.

Desta vez em Portimão, teremos o certame onde os nubentes poderão encontrar de tudo um pouco para ajudar no dia tão especial. Estarão presentes empresas representativas do sector de casamentos e festas entre muitas outras novidades

Para além da habitual oferta de produtos e serviços, está também programado um conjunto de iniciativas e actividades, tais como desfiles, maquilhagens e penteados (a cargo do cabeleiro oficial Victor Picardo), espetáculos musicais, etc.

Serão ainda realizados workshops temáticos.

(para quem vai casar, o meu conselho: invistam mais no pós-casamento do que no copo de água!)

6ª-feira e Sábado: das 15h00 às 23h00
Domingo: das 15h00 às 21h00
Entrada: € 2,00

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Domingo 23 de Janeiro de 2012:

  • Concerto Promenade com a família dos metais pela Orquestra do Algarve às 16h30 no Auditório de Lagoa.

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BOM FIM DE SEMANA!

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Músicos com GARRA: Beto Kalulu – Mama Makudilê

Eis um achado acabado de encontrar no Youtube!

Mama Makudilê, tema de Beto Kalulu executada ao vivo a 14 de Janeiro de 2012 no Auditório de Lagoa  (enquadrado nas comemorações da elevação de Lagoa a cidade) acompanhado pela orquestra de sopros do Algarve dirigida pelo maestro João Rocha. (Gravação audio e video por Alphaxis com a colaboração da escola de rock de Lagoa.)

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Beto Kalulu nasceu em Matosinhos, mas com 2 anos de idade foi viver para Angola até aos 27 anos.

Em jovem descobriu a sonoridade única dos instrumentos de percussão e em 1967 forma o seu primeiro grupo de rock, a “Brotolândia”. Em 1972, esteve em Londres durante 7 meses onde aproveitou para absorver influências de algumas das bandas e peças musicais da época (ELP, Ten Years After, a peça teatral Hair, a opera-rock Jesus Christ Superstar). Após o 25 de Abril volta para Portugal, onde tme mantido uma carreira musical activa na zona do Barlavento algarvio.

Actualmente trabalha sobre o seu primeiro disco a solo, intitulado precisamente Mama Makudilê com produção e arranjos de Tuniko Goulart, e participação de músicos como, Tuka, Quim Brandão, Erika, Marcos Vita entre outros.

(pessoalmente, ainda me recordo de assistir a excelentes espectáculos deste senhor no velhinho Grafitti na Praia da Rocha)

Site oficial: http://betokalulu.multiply.com

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Bizarro mas verídico: 1 milhão de Euros que certamente não faria nenhum algarvio feliz…

Agora que temos a nossa Via do Infante com portagens, certamente que não será de todo inteligente gastar um milhão de euros num Bugatti Veyron… É que depois, ao nos recordarmos das portagens da Via do Infante, teriamos que pensar duas ou três vezes antes de levarmos o nosso investimento para a estrada nacional 125, ou para  a 124, ou para todas as outras “alternativas” que temos ao nosso dispor (ainda) sem portagem…

Enfim, aí, tornar-se-ia quase impossível fazer contestação às portagens! Seria même caso para dizer: Má que jê, mon…?

Vejam o vídeo e confiram os dados técnicos da bomba mais abaixo, para que consigam abster-se de semelhante investimento num ano de crise como este:

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Bugatti EB 16-4 Veyron
Construtor Bugatti e Volkswagen Group
Produção 2005 – presente
Classe Super desportivo
Tipo de Carroçaria estrutura tubular, Fibra de carbono
Informações técnicas
Motor central, W16, 64 válvulas, tetraturbo
Caixa de velocidades 7 velocidades (DSG)
Distância entre os eixos 2,65 m
Comprimento (mm) 4,38 m
Largura (mm) 1,99 m
Altura (mm) 1,21 m
Peso bruto (kg) 1950kg
Consumo 2 km/l
Velocidade máxima 432 limitada a 410 km/h (por questões de segurança)
Depósito (l) 115
Outros dados
Preço: 1 milhão de Euros (mais coisa, menos coisa…)
Modelos similares CCX, Ultimate, Lamborghini Reventon
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Portugal na falência: Dois suspeitos de assalto, falsificação e tortura… Apanhados, mas logo libertados (!) – em Albufeira

Uma perseguição da GNR a uma viatura suspeita, em Albufeira, só terminou depois de um choque frontal com um camião.

Os dois ocupantes foram detidos. Tinham uma arma de choques eléctricos, parte de uma farda da GNR, ouro e vários objectos que indiciam a prática de assaltos. Mesmo assim, o tribunal decidiu libertá-los.

A viatura foi levada para o destacamento de trânsito, em Albufeira, para ser alvo de peritagens. Não está em nome dos detidos, mas não consta como tendo sido furtada.

Os homens não tinha documentos pessoais, mas com a ajuda do SEF, a GNR conseguiu identificá-los. São dois ucranianos de 34 anos. Sobre um deles, recai um mandado de detenção, sobre outro, um processo de expulsão do país.

fonte: Tvi24

 

Nota: Vale a pena comentar…?

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Quem conduz na Via do Infante paga DUAS vezes, quem não conduz paga uma apenas!

Sim, é verdade, o título está certo! As portagens na via do Infante (A22) estão aí e, quer conduzam ou não nesta via rápida longitudinal do Algarve (é certo que não é uma auto-estrada!) será imperativo que se pague uma vez só pela respectiva portagem…

Sim, leram bem: mesmo os que não passam por lá, façam o favor de pagar uma vez só!

Porquê? Porque parece que a Parceria Público-Privada (PPP) assinada com a entidade concessionária da Via do Infante, obriga ao Estado Português a ‘garantir’ a passagem de um mínimo de “x” veiculos por mês com a respectiva cobrança de portagem…

Ou seja, haverá um valor mínimo mensal (garantido) a pagar à empresa concessionária, calculado através de uma pseudo-média hipotética de um valor (para já desconhecido) de “x” veículos por mês que, quer passem ou não pela Via do Infante, irão gerar receita à concessionária.

Assim, se não passarmos na Via do Infante, estaremos a garantir que nós (os contribuintes do tesouro do Estado Português) apenas pagaremos uma única vez pela portagem de uma estrada (que não utilizamos…!)

Portanto, em época de crise, recomenda-se contenção das despesas: Paguem apenas UMA vez a vossa portagem!

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Portagens na Via do Infante começam a ser cobradas a 8 de dezembro de 2011

Vamos então deixar de dançar o corridinho e passar a dançar o Vira…?

Mas não é o “Vira do Minho”…! É o “vira da via do Infante para a Nacional 125”!

As portagens na Via do Infante vão começar a ser cobradas no dia 8 de dezembro, depois de hoje ter sido publicado, em Diário da República, o decreto-lei que institui a cobrança nas antigas autoestradas SCUT.

O diploma fixa, assim, a data a partir da qual se inicia a cobrança daquelas taxas e cria um regime de discriminação positiva para as populações e empresas locais, através da aplicação de um sistema misto de isenções e descontos, na A22 (Via do Infante), A23, entre o nó com a A 1 e o nó Abrantes Este, integrada na Concessão da EP — Estradas de Portugal e ainda na Concessão da Beira Interior, A24 (Interior Norte) e A25 (Beira
Litoral/Beira Alta).

O diploma hoje publicado em DR, depois de ter sido promulgado pelo Presidente da República no dia 16 de novembro, institui isenções e descontos para os residentes e empresas locais, que «ficam isentas do pagamento de taxas de portagem nas primeiras 10 transações mensais que efetuem na respetiva autoestrada» e«usufruem de um desconto de 15 % no valor da taxa de portagem aplicável em cada transação que não beneficie da isenção prevista na alínea anterior».

Para beneficiarem do regime de «discriminação positiva», os utentes, no momento da aquisição do dispositivo eletrónico associado à matrícula
ou da conversão de um dispositivo de uma entidade de cobrança de portagens em dispositivo eletrónico associado à matrícula (Via Verde), «têm de comprovar a morada da sua residência ou da sua sede, mediante a apresentação do título de registo de propriedade ou do certificado de matrícula, ou, no caso de veículos em regime de locação financeira ou similar, de documento do locador que identifique o nome e a morada da residência ou da sede do locatário».

O regime de isenções e descontos apenas vigorará até dia 30 de junho de 2012. Segundo o decreto-lei, «a partir de 1 de julho de 2012, a aplicação do regime de isenções e descontos previsto no artigo 4.º manter-se -á apenas para as autoestradas referidas no artigo 3.º que sirvam regiões cujo produto interno bruto (PIB) per capita regional seja inferior a 80 % da média do PIB per capita nacional», o que não é o caso do Algarve. Ou seja, após dia 1 de julho do próximo ano, acabam-se as isenções na Via do Infante.

Leia aqui o Decreto-Lei que institui a cobrança de portagens na Via do Infante: http://dre.pt/pdf1sdip/2011/11/22800/0509405100.pdf

 

(In Sulinformação)

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Dicionário algarvio de termos e dizeres do Algarve (já com o novo acordo ortográfico)

Eis o esboço para a grande obra a inaugurar em breve, o grande “Dicionário algarvio de termos e dizeres do Algarve (já com o nove acorde ortugráfique)

Quem tiver sugestões para adicionar, é bem-vindo a contribuir! É só colocar uma resposta no fim desta página.

Espero que seja do vosso agrado.

A

Abuscar – Buscar, procurar (Ex: ‘Us cãs abuscarem os coelhes no mê do mate’)

Acarditar – Acreditar. (ex: ‘Moce, até parace que n’acarditas em mim.’)

Acêfa – Ceifa (Ex: ‘Temes c’acêfar o milhe’)

Açotêa – Terraço usado para secar frutos secos e peixe.

Ademorar – demorar (Ex: ‘Ó Chique, pra quê tamanh’ademora?’)

Adés – Adeus (Ex: ‘Adés óme, pr’ónd’é que vás?’)

Ah mon – Ai mano, ai moço. (Ex: ‘Ah mon, tá tude bem?’)

Alagar tramôçes – Preparar tremoços (que consiste em mergulhar os tremoços durante alguns dias em água corrente da ribeira após a cozedura inicial)

Alcagoita – Aperitivo para descascar e acompanhar uma cerveja bem geladinha na taberna. O mesmo que minduim. (Ex: ‘Ti Tonho, traga umas alcagoitas prá gente quemer de companha c’as sarvejas’)

Aldêa – Aldeia (ex: ‘Adés óme, a modes que vens d’aldêa?’)

Alevantar – O acto de levantar com convicção. (Ex: ‘Alevantê-me e fui-me embora!’ ou ‘Alevanta-te Zé Manel!’)

Alimpar – Limpar (ex: ‘Ó Jaquim, atão na vás alimpar u carre?‘)

Almariade – mal disposto, tonto, enjoado, conforme o contexto. (Ex: ‘Ah. mon, moce, até parece que tou almariade’)

Alpendrada – o mesmo que alpendre.

Alumiar – Apontar uma luz em direção a algo. (Ex: ‘Ó Luís, alumeia-me aqui o caminhe’)

Alvariade – Alguém que anda com a “cabeça no ar” por causa de namoro. (Ex: ‘Maldeçoada da minha filha, c’anda alvariada per’cása daquele maldeçoade’)

Amandar – O acto de atirar com força: (‘O guarda-redes amandou a bola pra lá de Cacilhas’)

Amantizade – Alguém que vive maritalmente com outra pessoa sem contudo ter casado para o efeito. União de facto. (Ex: ‘A Maria e o Manel vivem amantizades’)

Amarinhar – Ir para o mar tripular navios (Ex: ‘U mé filhe anda amarinhade’)

Amigáde – Semelhante a Amantizade.

Amódes – De maneira que… (Ex: ‘Amódes q’iste é assim’ – Ver também ‘De modes’)

Andande – Andando. (Ex: ‘Cagande e andande’)

Andémes – Andámos (Ex: ‘- Ondé c’anderem moces? – Andémes na debulha.’)

Andérem – Andaram (Ex: ‘-Ondé c’andeste? -Andi pur aí.’)

Andarem – O mesmo que Andérem.

Apertelência – Ousadia (Ex: ‘Tem munta apertelência, aquele Tonhe Jaquim.’)

Arrear – Deixar caír, desistir, bater, embater, esmurrar. (Ex: ‘Vou-t’arrear umas purradas!’)

Arrelampag – Efeito luminoso que ocrre normalmente durante as tempestades. (Ex: ‘Moce, tira-te daí c’ainda levas com um arrelampag!’)

Arram – Rã (Ex: ‘Fui à rebêra e vi uma arram’)

Arreata – Lábia, ousadia (Ex: ‘Tem uma arreata, aquele Ventura…’)

Arrenca-pinhêres – Homem muito baixo e muito magro.

Arrencar – Arrancar (Ex: ‘Brune, já arrencast’us pregues?’)

Arrioça – Baloiço (Ex: ‘Jorge toma cuidade pra na caíres d’arrioça.’)

Aspergic – Medicamento português que mistura Aspegic com Aspirina.

Assebiar – Assobiar (ex: ‘U Nune assebia munte bem’)

Assebida – Parte de uma estrada ou caminho com uma inclinação ascendente acentuada (Ex: ‘Danada daquela assebida, aquile é que custa a assebir!’)

Assentar – O acto de sentar, só que com muita força, como fosse um tijolo a cair no cimento. (Ex: ‘Atã na ‘tassentas Jaquim?’)

Atão – Então (Ex: ‘Atão Mari-Tereza, na t’espachas?’)

Auga – Água (Ex: ‘Na bebas áuga antes de dermir Zé Manel, que mijas na cama’)

Avó – Avô (no masculino) (Ex: ‘O mê avó tem muntas farrobas’)

Avó – Avó (no feminino) (Ex: ‘A minha avó tá’amassar o pão’)

B

Baldear – Enlouquecer (Ex: ‘Agora é que cumadre Silvina baldeou de vez…’)

Bassôra – Também com a vertente ‘vassoira’. Utensílio doméstico para recolha de lixo, habitualmente com a ajuda da ‘apá’.

Belancia – Melancia (Ex: ‘Agora come-se a belancia’);

Barimbar – Indiferença, não querer saber (ex. ‘Tou-m’a barimbar pra isse’)

Barreca – Barraca (Ex.: ‘Prontes, já tá a barreca armada’.)

Batenêra – Máquina que serve pra fazer betão, cimento armado. (Ex: ‘Moss, liga a batenêra’)

Bele – Belo (Ex: ‘Cumadre, que beles trabalhes de renda’)

Benite – Bonito

Berculose – Tuberculose (Ex: ‘O pobre do Asdrubal tá com berculose’)

Berracha – Bebedeira (Ex: ‘À maldeçuade! Na’m’apareças aqui cuma berracha comá d’ótra vez’)

Béqme – Bem que me… (Ex: ‘Béqme parecia crer… É sabia!’)

Besaranha – Vento desagradável (Ex: ‘Andava cavande mas o raie da besaranha na me largava da mão’)

Bicha – Cobra, víbora

Borra-botas – Profissional de fraca qualidade cujo trabalho é deficiente

Bradár – Gritar (Ex: ‘Ó Flipe, tu na m’ouves é bradar per ti?’);

Bucha – Almoço, merenda ou lanche (Ex: ‘Iste já tá na hora da bucha’)

Buftada – Chapada (Ex: ‘Ah maldeçoade dum ladrão… Tás aqui, tás a levar uma buftada.’)

C

Cabele – Cabelo

C’anda – Que anda (Ex: ‘O Tonhe é c’anda com a enxada’)

Calêra – Camalhão usado para abrir regos (rede de canais na terra) usados da rega artesanal introduzida pelos árabes a península ibérica.

Cagade – sujo com qualquer substância; falhado; sortudo – conforme o contexto (Ex: ‘Tonhe, tás tode cagade’)

Cagalôse/a – Pessoa sensível, medrosa. (Ex: ‘Ó Chique, hoje tás tode cagalôse!’)

Cagorre – Susto (ex: ‘Aquele maldeçoade do Zé da Silva, amandou-me um cagorre c’até vi luzes’)

Caguifa – Medo. (Ex: ‘De nôte tenh’uma cacuifa, mas de dia na tenhe’)

Caminéte – Autocarro (Ex: ‘Ontre-dias atrazê-me e perdi a caminéte’)

Caminhe – Caminho, caminhar. (Ex: ‘É caminhe no caminhe’)

Campe – Campo

Cantarinha – O mesmo que cântaro. (Ex: Fui ó pôce e dexê caír a cantarinha’)

Capacha – Tapete. (ex: ‘Tenhe as capachas du carre todas nejentas’)

Capache – O mesmo que capacha, abanico para avivar o lume. (ex: ‘Carles, da dêxes o fogue s’apagar! Abana isse c’u capache’)

Capom – Porta que tapa o motor do automóvel que quando se fecha faz POM!

Catatumbas – Sitio para onde se vai depois de morto. (Ex: ‘É cá nã quer’ir pr’uma catatumba, quer’ir pró chão’)

Cáxa – Caixa (Ex: ‘Moce, na dás uma prá cáxa…’)

Cemente – Tradução algarvia para cimento;

Cesterna – Cisterna (depósito subterrâneo para recolha de águas pluviais e posterior consumo humano)

Cirque – Circo (Ex: ‘Vames andande pra mod’ir pó cirque.’)

Capetania – Capitania

Córas-som? – Perguntar as horas (Que horas são? – Ex: ‘Ah mon, córas-som iste?’)

Comá-gente – Como nós (ex: ‘Fomes ó Alenteje e vimes unz’omes a beber sarveja lá comá-gente’)

Comé-quié? – Como é que é? (Ex: ‘Ó Chique, comé-quié?’)

Companha – Companhia (Ex: ‘Cumadre, faça-me companha aqui na renda’)

Cromade – Opção que se exerce em vida pra quando se morre. (Ex: ‘É’cande morrer, quêre ser cromade’)

Cucharro – Colher grande feita a partir de cortiça para beber água. (Ex: ‘Fui à fonte e bebi água com o cucharro’)

Debulha – Separar a palha dos grãos de cereal (ex: ‘Moces, andem todes daí e vames debulhar o trigue’)

D

Demódes – De maneira que… (Ex: ‘Demódes qu’iste é assim’ – Ver também ‘Amodes’)

Desbrugar – Descascar favas ou ervilhas. (Ex: ‘Ó filha, desbruga-me aí umas ervilhinhas’)

Desbugalhades – Usado para referir uma pessoa com os olhos bem abertos. (Ex: ‘A Silvina apareceu aqui ontre-dias com us olhes desbugalhades’)

Descabide –  Iname, sem jeito. (Ex: ‘Aquele Tonhe anda même descabide’)

Desfolhada – Tirar as folhas à maçaroca de milho.

Desgroviade – O mesmo que desnorteado. Homem desorientado. (ex: ‘Aquele Marceline é même desgroveade.’)

Deslargar – Ato de lagar o que tinha sido largado. (Ex: ‘Ah mon… Moce! Deslarga-me da mão!’)

Desmazia – O dinheiro remanescente que se recebe depois de se pagar uma compra. (Ex: ‘Aqui tem a sua desmazia Ti Maria.’)

Despôs – Depois (ex: ‘É fui ó mar, despôs vim’embora.’)

Destrocar – Trocar uma nota de dinheiro de alto valor para ficarmos com notas mais pequenas. (Ex: ‘Ó ti-Tonho, destroque aqui esta nota, faz-afor.’)

Dexê – Deixei (Ex: ‘Na sê ond’é que dexê u raie das chaves’)

Diéb – Diabo. Muito usado para monstrar indignação perante alguém. (Ex: ‘Té dieb, nam’apoquentes, maldeçoade!’)

Disvorciada – Mulher que se diz por aí que se vai divorciar.

E

É – Eu (Ex: ‘É na sê quem foi, más iste chêra-ma’esturre’.)

Empachade – Pessoal que leva muito tempo para se despachar. Pode referir-se também a alguém que sofre de obstrução intestinal. (Ex: ‘Ó Albertine, até parece que tás empachade, moce…’)

Empanzinar – Comer em demasia até abarrotar. (Ex: ‘Na te digue nada Zé, hoje quemi em desmazia. Tou même empazinade…’)

Empulheta – Pequena caixa à saida de um tanque por onde sai a água. (Ex: ‘Tenhe que destapar a empulheta pra mod’ir regar a horta.’)

Encalipe – Eucalipto (ex: ‘-Ondé que forem o João e a Maria? -É cude que forem pós encalipes’)

Enfusa – Bilha (ex: ‘Miga, dá-m’aí a enfusa da água.’)

Entropeçar – Tropeçar duas vezes seguidas. (ou só uma mesmo! Ex: ‘Cuidade Zé, que já entropeçastes’)

Êrade da cesterna – Zona delimitada à volta da cisterna, com inclinação constante, para recolher a água da chuva.

Êres – Moeda alternativa ao Euro, adoptada por alguns portugueses, nomeadamente a sul do rio Sado.

Escampar – Parar de chover. (Ex: ‘Vezinha, na s’importa qu’é fique aqui pa m’abrigar da chuva até escampar?’)

Esgarrões – Chuvas muito intensas e fortes.

Estrafega – Tarefa intensa e contínua para tentar acabar um qualquer trabalho com uma data limite apertada. (ex: ‘Fui cavar batatas e aquile é que foi uma estrafega…’)

Esturre – Estado do que fica muito seco e quase queimado. (Ex: ‘Iste chêra-ma’esturre.’)

F

Falastes (dissestes…) – Articulação na 4ª pessoa do singular. (Ex.: ‘é falê, tu falaste, ele falou, TU FALASTES…’)

Farroba – Alfarroba (Ex: ‘Maldeçoades dos pórques que já me forem às farrobas’)

Faz-avôr – Se faz favôr, por favôr. (Ex: ‘Cumadre, dêm’aí o guidal, faz’avôr’)

Fêjão carite – Feijão frade (Ex: ‘Goste munte duma saladinha com fêjão carite’)

Feniscadinho – Homem muito magro (ex: ‘Pálino, andas même feniscadinhe’)

Franquelim – Homem fraco (ex: ‘Esse dieb é um franquelim qualquer c’anda pr’aí’)

Fezes – Canseiras, preocupações. (Ex: ‘Ah mon, tenhe andade c’umas fezes pur cása do vizinhe…’)

Fraturação – O resultado da soma do consumo de clientes em qualquer casa comercial. (ex: ‘Cása que n’a fratura, na predura.’)

Frent – Frente (Ex: ‘Maldeçoade, tira-te já da minha frent, qu’é na te posse ver!’)

G

Galegue – Pessoa do norte. (ex: ‘Aquel’óme c’apareceu pr’aqui ontem deve ser galegue.’)

Griséu – Ervilha.

Guidal – Alguidar (Ex: ‘Cumadre, dêm’aí o guidal, faz-avôr’)

Gurnir – Grunhir (Ex: ‘Us pórques levem a nôte toda a gurnir’)

H

Há-des – Verbo ‘haver’ na 2ª pessoa do singular: (e: ‘É hei-de cá vir um dia; tu há-des cá vir um dia…’)

I

I-di – E daí (Ex: ‘O Carles assebiu, i-di caiu.’)

Impertante – Importante. (Ex: ‘Iste é um assunte munt’impertante’)

Inclusiver – Forma de expressar que percebemos de um assunto, ou não percebemos de todo! (Também existe a variante ‘Inclusivel’ – Ex: ‘E digue ainda más: É inclusivel ache este assunte munte empertante.’)

J

Jsbugalhar – Abrir bastante os olhos (Ex: ‘U qué que foi Zablinha? Tás tã jbugalhada!’)

Jête (ou apenas ‘jêt’) – Jeito (Ex: ‘Ah mon, moce, atã má que jête?’)

L

Lambarêre – Pessoa que não consegue guardar um segredo. (Ex: ‘A Améla é uma lambarêra’)

Ladêra – Descida acentuada (Ex: ‘Filha, tem cuidade a descer a ladêra pra na caíres’)

Lagues – Lagos

Lariar a pevide – Passear sem permissão para tal, vadiar (Êx: ‘O Manel anda a lariar a pevide’)

Larada – Algo provável de se encontrar nas fraldas dos bebés. (ex: ‘Ah mon, a Beatriz chêra tã mal c’até parece que tem uma larada nas fraldas’)

Laruêre – Pessoa que anda sempre a laruar, ou seja, na boa vida, sem prestar contas a ninguém. Semelhante a lariar. (Ex: ‘Aquele Tonhe Jaquim e´um laruêre’)

Legues – Lagos

Lêra – forma de talhar a terra para o cultivo. (Ex: ‘Chique, vai cavar a lêra das couves.’)

Liquidazinha – O mes moque “nitidazinha”. Diz-se que a ‘omaja tá munte liquidazinha’ quando pretendemos indicar que a televisão tem uma imagem muito bem definida. (Ex: ‘Ó vezinha, a sua tlevezão tem uma omaja munte liquidazinha’)

Lógues – Lagos

Luzescús – Pirilampos (Ex: ‘Esta nôte tá tude chê de luzescús’)

M

Macheia – Uma mão cheia. (Atualmente usa-se muito o termo “bué” Ex: ‘Jaquim, hoje vi uma macheia de combois a passar.’)

Madronhe – Aguardente de medronho (Ex: ‘Este madronhe é même du bom’)

Magane – Vendedor ambulante comparável a um cigano (Ex: ‘Aquele magane das camisas é um maldeçoade!’)

Magala – Idêntico a magano.

Maline – Maligno, mau, teimoso (Ex: ‘U Humberte é même maline’)

Má que jête? – Mas que de jeito? Expressão muito popular utilizada para mostrar indignação num diálogo perante um tema ou assunto relativamente insólito. (ex: ‘Manel, atã tu na vás danças com a Jaquelina? -Eu? Má que jête?’)

Maldeçoade – Almaldiçoado (Ex: ‘Ah moce maldeçoade, tira-te já daqui, pra qu’é na te veja na minha frente!’)

Marafade – Irritado, zangado, teimoso ou com garra. No Sotavento algarvio diz-se marfadu (Ex: ‘Ha moce marafade!’)

Marcade – Mercado (Ex: ‘Ontem foi o marcade d’Odeáxere’)

Marcar – Comprar, vender, negociar, conforme o contexto.

Más – Mais (Ex: ‘É na sê quem foi, más iste chêra-ma’esturre’.)

Mate – Mato (Ex: ‘Us cãs abuscarem os coelhes no mê do mate’.)

Matrafona – Mulher feia e gorda. Boneca de trapos. (Ex: ‘A filha do Alberte tá fêta matrafona’)

Mázi – Mas e (ex: ‘Ó ti Manel, mázi comé c’avera de ser isse?’)

– Meu (Ex: ‘Que jête u mé cão ter pulgas?’)

Meceia – Vossemecê (Ex: ‘Cumadre, agora na posse falar co’meceia, porque tenhe que tender o pão’)

Mechas – Expressão usada para demonstrar aborrecimento (eufemismo de ‘merda’) (Ex: ‘Mechas que já dexê cair os oves’)

Melanças – Melancias (geralmente usado apenas no plural. Ex: ‘Cumprade, na tem aí adube prás melanças?’)

Miga – Amigo ou amiga em ato muito familiar (ex: ‘Miga, passa-mu pão.’)

Minduim – Aperitivo para descascar e acompanhar uma cerveja bem geladinha na taberna. O mesmo que alcagoita.

Moss – Moço (Ex.: ‘Moss, deslarga-me da mão’)

N

Na dou fête – Não consigo fazer. Diz-se quando não se consegue fazer algo ou desempenhar determinada tarefa. (Ex: ‘Moce, é na dou fête isse!’)

Nha – Assim como Mon, é a forma mais prática de articular a palavra MINHA. Para quê perder tempo, não é? (Ex: ‘A ‘nha mãe é que sabe, n’é a tua!’)

Númaro (Também com a vertente ‘númbaro’) – Número. (Ex: ‘Ah mon, qual é o númaro do té tlefone?’)

O

Omaja – Tradução algarvia para Imagem. (Ex: ‘Ó Chique, percebes de tlevesons? A minha na dá omaja…’)

Óme – Homem (Ex: ‘Adés óme, pr’ónd’é que vás?’)

Ontre-dias – Há pouco tempo (Ex: ‘Ontre-dias, passou por aqui o Zeferine’)

Óves – Ovos (Ex: ‘Carles, tã na foste bescar us óves u galenhêre?’)

P

Pciclete – Veículo de duas rodas sem motor (Pode também referir-se aos com motor. Ex: ‘Maldeçoades, ondé que meterem a minha pciclete?’)

Pêche – Peixe (Ex: ‘Hoje fui à praça, ma ná’via pêche’)

Parteleira – Local ideal para guardar os livros de Protuguês do tempo da escola.

Patiar – Pisar, patinhar, geralmente onde não se deve. (Ex: ‘Sai daí Jaquim, tu na vêz que tás-ma patiar u chã tode?’)

Patochadas – Tolices (ex: ‘Aqueles plitiques só dizem patochadas’)

Perssunal – O contrário de amador. Muito utilizado por jogadores de futebol. (Ex.: ‘Sou perssunal de futebol’ – Dica: deve ser articulada de forma rápida.)

Pial – Banco de taipa (construção de barro e pedras) encostado à parede da entrada das casas onde as pessoas se sentavam a conversar ao fim da tarde. (Ex: ‘Compadre assente-se aí no pial’)

Pitaxio – Aperitivo da classe do ‘mindoím’.

Pitróle – Petróleo (ex: ‘Hoje na tenhe dinhêre nem pó pitróle’)

Pliça – Polícia (ex: ‘Per cása daquele maldeçoade, tive que chamar a pliça’)

Plitique – Político (ex: ‘Aqueles plitiques só dizem patochadas’)

Pôce – Poço (Ex: ‘Brune, tira-te daí c’ainda cais no pôce!’)

Pôrre – Uma queda (Ou caír um…) Caír uma queda. (Ex: ‘Caí um pôrre no chão e fiz sãingue’)

Precura – Ato de perguntar (Ex: ‘Deixa-me fazer-te uma precura…’)

Pregue – Prego (Ex: ‘Vítor, dá-m’aí u pregue’)

Prenha – Mulher grávida (Ex: ‘A maria anda prenha’)

Prontes – Pronto (Ex.: ‘Prontes, já tá a barreca armada’.)

Percása – Por causa (Ex: ‘Ah, mon, atã na vês quiste caiu percása daquile?’)

Q

Quáje – Semelhante à palavra muito apreciada pelos nossos pseudo-intelectuais “quaise”. (Ex: ‘Ontem, fui atravessar a estrada, e quáje qu’era atropelade pr’um carre’.)

Quebra-jum – Pequeno almoço (Ex: ‘Filhe, antes de t’ires embora, na te esqueças do quebra-jum’)

Que jête? – De que jeito? O mesmo que ‘Má que jête?’

Quemer – Comer (Ex: ‘É vou quemer, laranjas e bananas’)

R

Renda – O mesmo que crochê (ex: ‘Cumadre, que beles trabalhes de renda’)

Rengalhes – Pequenos pedaços das bifanas que se separam da parte principal das mesmas ainda dentro da frigideira, ganhando sabor extra após as consecutivas frituras. (ex: ‘Tonhe, nas queres quemer umas bifanas de rengalhes em companha dumas mines pretas ali na praça?’)

S

Sarveja – Cerveja (Ex: ‘Já tá o Tonhe Jaquim enfrascade na sarveja’)

Sãingue – Sangue (Ex: ‘Caí um pôrre no chão e fiz sãingue’)

Sequinhe/a – Pessoa magra de fraca aparência, lingrinhas. (Ex: ‘O Manel anda même sequinhe’)

Stander – Local de venda com especial destaque para o ’stander de carres’. (Ex: ‘Quere comprar um carre nove, mas ainda na fui ó stander’.)

T

Tãinque – Tanque (Ex: ‘Us moces maldeçoades forem ôtra véz tomar banhe pó tãinque’)

Talego – Saco de tecido de fecho com cordão de correr pela boca que se usava para transportar o farnel ou para guardar o pão na cozinha. Também pode designar as mangas de tecido que são enchidas para produzir farinheiras algarvias (de Monchique). Por vezes as próprias farinheiras são chamadas de talegos.

– Teu (Ex: ‘U té pai teve aqui ontre-dias’)

Té-diéb – Muito semelhante a Diébe. Muito usado para monstrar indignação perante alguém. (Ex: ‘Té dieb, nam’apoquentes, moce!’)

Tem avonde – Já chega. Diz-se que ‘tem avonde’ quando se quer dizer que uma medida qualquer já é suficiente. (Ex: ‘Jaquim, já tem avonde de sarveja!’)

Teste – tampa de panela.

Tendal – Lençol onde se coloca o pão a descansar antes de ir para o forno.

Tender – Estender a massa do pão andes da cozedura no forno. (Ex: ‘Cumadre, agora na posse falar co’meceia, porque tenhe que tender o pão’)

Tiosque – Quiosque. Hoje em vias de extinção, era outrora o local onde se podiam comprar jornais, revistas, pitaxios, etc.

Tipe – Juntamente com o ‘É assim’, faz parte das grandes evoluções da língua portuguesa. Também sem querer dizer nada, e não servindo para nada, pode ser usado quando se quiser, porque nunca está errado, nem certo. (Ex: ‘É assim… Tipe, táza ver?’)

Tlevezão – Tradução algarvia para televisão (Ex: ‘Caluda, c’u primêre menistre vai falar na tlevezão’)

Tonhe – António (ex: ‘U Tonhe já anda metide no madronhe outra vez’)

Tosquia – Ato de cortar o cabelo. Ex: ‘O chique foi à tosquia’)

Tôca do forne – Esfregona feita com trapos velhos com que se limpam os fornos de lenha antes cozer o pão.

Tramôces – Tremoços (Ex: ‘Ti-Tonhe, dê-m’aí uns tramôces pra companha da sarveja’)

Trinca-espinhas – Pessoa magra de fraca aparência, lingrinhas. Pior que ‘Sequinhe’. (Ex: ‘O Afonse foi sempre um trinca-espinhas’)

Treuze – Palavras para quê? Todos nós conhecemos o númaro treuze.

Tu-nouves? – Tu não ouves? (Ex: ‘Ó Meguel, atã tu-nouves é’chamar per ti?’)

U

U – O (Ex: ‘U presidente vem cá despôs d’amanhã’)

V

Vossemeceia – O mesmo que Meceia, vossemecê (Ex: ‘Compadre, vocemesseia na tem adube pás melanças?’)

Z

Zorra – Raposa ou mulher elegante mas matreira. (Ex: ‘A Mari-Luísa é cum’uma zorra’)

 

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Portagens na Via do Infante começam a ser cobradas a 15 de outubro

As empresas concessionárias das quatro auto-estradas SCUT, entre as quais a A22/Via do Infante, já informaram o Governo que têm tudo pronto para dar início à cobrança de portagens.

Segundo o Jornal de Negócios, o assunto é discutido esta manhã em Conselho de Ministros e tudo indica que o Governo vá aprovar o início da cobragem de portagens no dia 15 de outubro, a mesma data em que, no ano passado, as três concessões do Norte iniciaram a cobrança.

Já recentemente a empresa Estradas de Portugal (EP) tinha informado já ter “tudo pronto” para poder cobrar portagens na Via do Infante no Algarve e nas SCUT das Beiras e Interior Norte.

Uma administradora da EP tinha assegurado, na Assembleia da República, durante a audição nas comissões parlamentares de Orçamento, Finanças e Administração Pública e Economia e Obras Públicas da Assembleia da República (AR) sobre uma auditoria à EP, que faltava apenas a “conclusão do processo legislativo”.

“Nós, EP, temos tudo preparado para começar com a cobrança de portagens”, garantiu a administradora Ana Tomáz, acrescentando que a empresa estava a aguardar a conclusão do processo legislativo necessário para o início do pagamento.

O início da cobrança de portagens previsto para 15 de outubro abrange a Via do Infante no Algarve (A22), e as SCUT do Beiras Litoral e Alta (A25), Beira Interior (A23) e Interior Norte (A24).

O início da cobrança das portagens nestas concessões chegou a estar previsto para 15 de abril, mas o anterior Governo socialista suspendeu a medida por considerar, baseado num parecer jurídico, ser inconstitucional um executivo de gestão aprovar um decreto-lei para introduzir novas portagens, respetivo regime de isenções e descontos.

Entretanto, quatro organizações estão a organizar uma nova marcha lenta contra as portagens na Via do Infante, marcada para 8 de outubro.

Intitulada “A Luta Continua Sempre”, a marcha é promovida pela Comissão de Utentes da Via do Infante, o Grupo Algarve (Facebook) – Portagens na A22 Não, o CFC – Movimento Com Faro no Coração e o Moto-Clube de Faro.

Os promotores afirmam encontrar-se «em contacto permanente com os espanhóis de Andaluzia, nomeadamente associações empresariais e principais partidos políticos, para a sua participação na referida marcha lenta».

A marcha lenta vai envolver «diversos tipos de viaturas, como carros ligeiros, motas e veículos pesados» e terá lugar dia 8 de Outubro, aniversário da primeira marcha lenta em 2010, entre as 14h00 e as 20h00, numa extensão de 120 quilómetros, envolvendo a EN 125 e a Via do Infante.

Segundo os promotores, haverá quatro pontos principais de partida: Altura (Castro Marim), junto à rotunda do Restaurante “O Infante”, na EN 125, pelas 14h00, Portimão, no Parque das Feiras, pelas 14h30; Tavira, rotunda dos Moinhos, (acesso à Via do Infante), pelas 15h00, e ainda Albufeira, em Valparaíso, pelas 15h00.

Todo este grande movimento irá confluir para o Parque das Cidades (Estádio do Algarve), daqui arrancando pelas 16h00 a caminho de Faro, passando pelo Patacão, rotunda do aeroporto, rotunda do Fórum Algarve e rotunda do Teatro Municipal, estando prevista uma grande concentração final do protesto frente ao Fórum, entre as 17h00 e as 18h00.

«Também irão ter lugar reuniões com associações e diversas entidades, distribuição de folhetos e cartazes, colocação de faixas e divulgação da ação com recurso às redes sociais», acrescentam os quatro promotores, acrescentando que «no dia 8 de outubro a luta social contra a injustiça irá acontecer no sul do país e toda a divulgação e mobilização serão necessárias».

(In Sulinformação)

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GT Open – Vamos às corridas de carros no autódromo de Portimão?

É já este fim de semana!!!

O Autódromo Internacional do Algarve vai oferecer a todos os munícipes de Portimão bilhetes de fim-de-semana para o Internacional GT Open que tem lugar no próximo fim-de-semana de 16 a 18 de Setembro.

Para receber o bilhete para a Bancada Algarve, o munícipe deve deslocar-se à loja do AIA e apresentar o Cartão de Eleitor que comprova a residência no concelho.

Esta iniciativa visa proporcionar a todos os Portimonenses a oportunidade de desfrutar de um fim-de-semana de corridas espectaculares e viver emoções únicas.
Para mais informações:
Rute Vieira – media@autodromodoalgarve.com
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