Segundo a edição de hoje do jornal i, o IPO de Lisboa tem uma máquina que comprou por concurso há sete anos mas que ainda não está a funcionar e o Tribunal de Contas comprova que esta será mais uma pequena amostra dos desperdícios nas contas públicas.
Para ajudar à contradição, entre 2007 e 2009 o IPO de Lisboa gastou 10 milhões de euros em comparticipações de radioterapia em clínicas privadas, pelo que a manifesta má gestão por parte do Ministério da Saúde é nota assente por parte do Tribunal.
A auditoria do Tribunal de Contas à aquisição de material do Instituto de Oncologia de Lisboa é muito crítica com os conselhos de administração da instituição que actuaram entre 2005 e 2010, segundo se pode ler hoje o artigo do jornal i.
O tribunal considera injustificável que um concurso público lançado em 2004 para a compra de material de radioterapia no valor de mais de 4 milhões de euros tenha tido como resultado que em Novembro de 2010 apenas uma das máquinas compradas estivesse em funcionamento.
A situação motivou perdas significativas para o Estado e para os doentes, obrigando a instituição a redireccionar os utentes para os serviços privados, tendo os custos acrescidos, só no ano de 2010, sido superiores a 3 milhões de euros, pagos pelo erário público.
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